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(in)sensatez

por Catarina Duarte

(in)sensatez

por Catarina Duarte

Sex | 02.03.18

Quando falamos de Arte, falamos de quem?

Catarina Duarte

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Passei muitos anos a achar que a Arte pertencia a quem a criava. Que ingénua que eu era! Hoje em dia, já não penso assim, claro.

 

Qualquer quadro, livro ou filme, só tem valor porque mexe com quem recebe esse quadro, livro ou filme. Só existe e só permanece porque, quem recebe esse quadro, livro ou filme, se identifica e, nalgum momento, encontra um elo de ligação que os liga a si mesmo.

 

Quando falamos de Arte, fazemo-lo sempre de forma lata e colocamos a importância em que a cria. Compreendo, porque, quem a cria, tem, de facto, muita importância no processo (especialmente, no processo de criação), mas estaremos mesmo a falar do criador quando falamos de Arte? Não me parece.

 

Ela só vale porque fala para nós e, especialmente, porque fala sobre nós. Ela só tem peso porque consegue criar pontes e estreitar laços. Ela só existe porque nós existimos.

 

Portanto, quando falamos de Arte, inevitavelmente, acabamos sempre por falar de todos nós.

 

Por isso, leiam livros, vejam filmes e frequentem exposições, experimentem fusões gastronómicas improváveis e vejam catedrais. Vão descobrir mais sobre vocês do que imaginam!

 

Qual a vossa opinião?

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