Quanto valem as nossas amarras?
Questiono-me muitas vezes se, as pessoas que somos, seriam as mesmas, se as amarras fossem outras. Provavelmente, sim. Tudo o que nos prende, tal como tudo o que nos solta, altera-nos.
Quanto vale alguém que cancela o desejo de percorrer o mundo a viajar porque tem três filhos?
Quanto vale alguém que abdica da sua promissora carreira em prol da assistência a sua família?
Quanto vale alguém que anula o propósito de construir uma família porque pretende agarrar as oportunidades soltas, os casos ocasionais, as viagens inesperadas, os fins-de-semana de loucura, que a vida lhe dá?
Podemos cancelar, podemos abdicar, podemos anular, provavelmente, como já aqui o disse, somos as escolhas que fazemos, mas não nos remetemos ao nada por não as tomarmos, por direcionarmos o nosso querer por outras terras ou por alinharmos as nossos desejos por outros caminhos.
Bom dia :)