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(in)sensatez

por Catarina Duarte

(in)sensatez

por Catarina Duarte

Sab | 21.05.16

Sobre as rotinas.

Catarina Duarte

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Eu sou a pessoa que mais gosta de rotinas mas que mais acha que não é de rotinas.

Vou avisando que este texto tem o seu ponto de esquizofrenia.

Tenho um sentimento que me afasta de tudo o que são rotinas: inovar, sair do caminho, improvisar. Mas, na base do meu ser, sou feita exactamente destas pequenas rotinas e fujo sempre destas pequenas mudanças.

Normalmente, durante a semana, almoço em dois restaurantes. Ora num, ora noutro. E fico sempre com uma ansiedade estranha quando me propõem experimentar outros. Não percebo esta necessidade de mudar, quando somos felizes em determinados sítios.

Ou, por outra, claro que percebo, eu sou adepta da quebra de rotina!

No sushi que mandamos vir para casa, recorremos sempre ao mesmo. Qualidade boa, preço porreiro. Às vezes, é verdade, esquecem-se do extra soja, algo que me perturba um bocadinho. Mas, não mudo, estou fidelizada. Esta semana pedimos outro, o argumento utilizado foi o normal: “para experimentar”. Eu cedi. Um lado de mim só pensava: mas porquê?; enquanto que o outro contrariava a tendência natural: “vá, inova lá… até pode ser melhor”. Não pode ser melhor! Eu gosto tanto do outro! O sushi lá chegou e comprovou-se a minha teoria: em equipa que ganha não se mexe.

Mas, claro que não entendo esta teoria, porque eu adoro inovar!

Há um restaurante que serve fora de horas e, às sextas-feiras, quando deixamos arrastar a inércia nas nossas vidas, é, frequentemente, a nossa “cantina”. As bolinhas de carnes são óptimas, os bifes maravilhosos são, o quente e frio é delicioso e adoramos o atendimento caloroso do empregado de há anos (um dia escrevo sobre ele). Uma vez, fomos lá com uma amiga que achou boa ideia comer arroz de pato. Ela diz que estava bom. Eu senti o meu olho esquerdo a tremelicar: arroz de pato no sítio onde fazem dos melhores bifes de Lisboa? 

Claro que não concordei comigo mesma. Deve-se recriar rotinas e ter novas experiências!

Este texto está um bocado bipolar (e só dá exemplos de comida) pois, não sei se já disse, eu sou a pessoa que mais gosta de rotinas mas que mais acha que não é de rotinas: o meu cérebro tenta sempre contrariar esta minha tendência natural para me acomodar ao que me faz feliz.

 

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