Sou adepta do dia dos namorados mas não tenho paciência para ele (desculpem lá!).
Sou adepta do dia dos namorados mas não tenho paciência para ele (desculpem lá a bipolaridade da frase).
Na verdade, sou adepta de qualquer dia que sirva de justificação para uma pessoa comer, beber e estar.
Sou adepta de motivos para sentir sem preocupação e temperar conversas a vinho tinto.
Agora que penso nisto: acho que não é bem do dia dos namorados que sou adepta – acho que a minha cena é mais boa vida e razões (igualmente boas) para a aproveitarmos.
Porque é que não tenho paciência para ele – para o dia dos namorados (entenda-se)?
Porque acabou a minha tolerância a restaurantes esgotados, a cocktails vermelhos a puxar o erotismo, a vozes sedosas a arrastarem-se por cima dos pratos repenicados, cheios de comida pré-desenhada (que, na maior parte dos casos, é – vamos assumir – má), transversal a todos os que estão debaixo do mesmo tecto.
Acho muito bem que se festeje o amor, quero (aliás, exijo!) motivos para isso, mais ainda se nesse festejo estiver incluída música destravada, copos (de preferência, uns atrás dos outros) e noite frenética.
Mas, por favor, pela minha saúde (e, já agora, pela de todos nós): tudo menos na noite de S. Valentim!