Vacinas e a negligência... do nosso país.
Estava um bocado distante da polémica das vacinas porque não tenho filhos, porque desconhecia a gravidade de alguns factos mas, especialmente, porque tanto eu como toda a minha família somos vacinados e sempre me recordo de entregar boletins de vacinas nos estabelecimentos de ensino por onde andei. Sempre achei isto um não-tema: afinal, achava eu, se as vacinas são obrigatórias, qual a questão?
Ora, com a polémica a aquecer, com a malta a ficar histérica com o surto de sarampo num país (o nosso) onde, em 2015, a Organização Mundial de Saúde referiu esta doença estar eliminada, tornou-se impossível não me debruçar sobre este tema.
Fiquei, então, a conhecer alguns factos assustadores: a vacina do sarampo – tal como todas as outras – não é obrigatória. Repito: não é obrigatória!
O pior, para mim, é que vivemos num pais em que estas questões são colocadas nas mãos do bom senso das pessoas: nas mãos dos pais bem informados mas também dos pais fanáticos e fundamentalistas.
Apercebi-me que as vacinas são conselhos, são recomendações que nos fazem.
Isto é chocante especialmente porque o grau de sucesso das vacinas aumenta quanto maior for o número de pessoas vacinadas numa comunidade.
Façam regras, fiscalizem e penalizem quem não as cumpre.
Estamos a falar de saúde pública. Não é uma brincadeira.
(recomendo a leitura desde texto que explica (e desconstrói) os principais argumentos utilizados para não vacinar as crianças - vale a pena. – a verdade é que alguns destes argumentos até são muito “apelativos” daí que deixar ao critério das pessoas, se calhar, é uma má opção!)