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(in)sensatez

por Catarina Duarte

(in)sensatez

por Catarina Duarte

09.02.22

E, por aqui, como está tudo?

Catarina Duarte
Temos um vencedor, com maioria absoluta, num sistema eleitoral feito para não existirem as próprias das maiorias absolutas, vivemos uma pandemia ou, vou mesmo arriscar dizer, uma quase pós pandemia, muitos vacinados, muito imunes naturalmente pela contração do próprio vírus, tenho um filho que cresce e cresce, o mundo mudou, eu também, todos crescemos e mudámos. Vi filmes e séries, li poucos livros, e namorei – na eternidade do tempo que sei que não temos – os sorrisos do (...)
28.04.20

Tudo adiado.

Catarina Duarte
Ia escrever “tudo cancelado”. Depois apaguei. O que se deve escrever mesmo é “tudo adiado”. As compras de casas, os primeiros empregos, os casamentos, os batizados e os aniversários. Foi tudo adiado. Por um fio, daqueles finos, daqueles de nylon, estamos pendurados na indefinição do tempo. Estamos, será?, a pairar, estamos suspensos nas horas que atravessam o dia, quase sem respirar, à espera que tudo passe, na esperança que não sejam cravados, nem em nós, nem nos (...)
16.04.20

Estamos todos com saudades.

Catarina Duarte
Mesmo as futilidades conseguem ser acontecimentos profundos quando delas estamos privados. Quando se lamentam, as pessoas que estão fechadas em casa, é apenas e só por terem saudades daquilo que preenchia os seus dias. E já não falo – claro que vou falar – das reuniões ou do trânsito ou de qualquer outro ritual aborrecido e que, agora, à distância dos dias que nos separam, nos parecem momentos hilariantes, autênticas férias nas Maldivas. Falta-nos, a correr no sangue, a (...)
13.04.20

Opinião: Sara - Série.

Catarina Duarte
Parece-me que estamos todos fartos do mesmo: das mesmas cenas, dos mesmos diálogos, das mesmas histórias. Mudam os actores, mudam os cenários, muda o enquadramento, mas ficamos sempre com aquela sensação: eu já vi isto em qualquer lado. Acontece-me muito com os livros, mas também com as séries e com os filmes. É cada vez mais difícil ouvir, ler ou ver uma história diferente ou, simplesmente, a mesma história de sempre mas contada de forma diferente. Por isso, procuro sempre (...)
02.04.20

Acho que foi do medo que nunca me falaram.

Catarina Duarte
Falaram-me do parto, da amamentação e até das eventuais noites sem dormir. Sobre isso, falaram-me até vezes a mais, vezes demasiado gráficas, vezes que não pedi. Falaram-me da primeira separação e até da segunda. Das outras todas, já não me falaram; também já não era preciso. Continuam a falar-me de todas as etapas que ele ainda não alcançou mas que vai alcançar. Contam-me histórias e, a falar, explicam-me tudo. Ou, quase tudo. Acho mesmo que foi do medo que nunca me falaram. (...)
30.03.20

Não cheguei.

Catarina Duarte
Não cheguei para dar dicas sobre como sobreviver, com a mente sã até ao último dia, a esta quarentena. Não cheguei repleta de esquemas de ginástica para fazerem em casa. Também não trouxe, comigo, quaisquer actividades para os miúdos. Estamos todos cansados, não é isso? E também da mesma informação que se repete, linha após linha, imagem após imagem. Cheguei agora para dizer que, não sendo a melhor das dicas, trago uma ideia que considero boa. Aproveitem estes dias e (...)
27.01.20

Pessoas que sugam.

Catarina Duarte
Há uns tempos, ouvi um conceituado humorista referir que há pessoas que lhe sugam a energia, esvaziando-o de qualquer vontade de viver. Concluí eu, pelo decorrer da conversa a que assisti, que “sugar” era mesmo a palavra que eu procurava para descrever também eu as pessoas que me aspiram a força e o ar como se de um saco de vácuo se tratasse. Há quem nasça com o objectivo concreto, embora não oficializado, de colocar energia negativa em tudo o que toca. São as típicas (...)
20.01.20

Segunda-feira.

Catarina Duarte
É bom terminar o fim-de-semana com uma história de amor. É melhor começar a semana com uma história de amor ainda quentinha, aqui, aqui dentro. Ontem deu a Snu, na TVCine. Foi bom. Boa semana.