Sei que quando alguém morre, a tendência é esquecermos momentos menos bons, e ampliar, de alguma forma, tantas vezes desmensurada, quem, lamentavelmente, se foi. Todos se tornam seres fortes e maravilhosos e, de algum modo, pessoas recomendáveis, ainda que estejam adormecidos há anos no nosso pensamento.
Relativamente a Gabriel García Márquez, embora há uns tempos apagado em mim, não procurei idolatrá-lo ou torná-lo em algo que não sabia se era.
Em mim, aterrou tristeza de quem, conscientemente, assume a perde de um génio. Não procurei impulsioná-lo de forma alguma pois o lugar dele, lá bem colocado em cima, ninguém ousa tirá-lo.
Infelizmente, não li tanta coisa quanta aquela que gostaria de ter lido do referido escritor, mas cem anos de solidão, um livro que se lê num sopro, marcou muito o meu género de leitora. Foi com esse livro que defini, oficialmente, a leitura como prazerosa.
Por isso, e porque principalmente não me escondo em manobras de vergonha quando disponho de vontade de agradecer a quem, em vida, o merece, o meu muito obrigada. Pois este pensamento que agora me sai, sempre o tive, e a morte é apenas um pretexto para referir algo que sempre em mim existiu.
Enquanto o fim-de-semana me entra rasgado, calmo e luminoso pela janela da sala, e eu me endireito no sofá, onde relaxar é a palavra a que me obrigo a fixar, antevejo os dias de amigos e descanso que me esperam.
Proponho-me utilizar este tempo livre da melhor maneira. Sopas e descanso não é o meu lema, e, ainda que o utilize momentaneamente para sarar défice de sono, prefiro-me mais orientada para mexidas e robustas actividades do que propriamente para a pacatez deste sofá.
Este fim-de-semana, em jeito de santo e prolongado, veio adoçar os meus dias mais azedos, e, a cereja no topo do bolo, típica dos melhores doces, reveste-se de cristalizado e tememos que acabará num graúda festa de arromba, no Marquês, já este domingo.
Falaram-me de um artigo sobre os métodos de trabalho de escritores como F. Scott Fitzgerald, Haruki Murakami, Martin Amis, Truman Capote, Henry James, Arthur Miler, Alice Munro, entre outros.
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