Era só isto...
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Ele insiste: ouves mesmo músicas de nicho.
O ano de 2015, ao nível das leituras, não está a ser brilhante. Mas também não está a ser péssimo.
Desde que o ano começou, já foram 4 livros sendo que três dos quais são policiais (género que iniciei o ano passado - completamente fora do registo a que estava habituada).
Foram:
- Cinco Aventuras de Sherlock Holmes - algumas histórias giras, giras, giras - acho que prefiro as pequenas histórias do que os livros propriamente ditos;
- Teia de Cinza - o terceiro da Camilla Lackberg - até agora, o meu preferido da saga Erica Falk e Patrick Hedstrom;
- O Álibi Perfeito - da Patricia Highsmith [Adoro-a de paixão e estes contos (potenciais livros inacabados?) são muito giros];
- O Filho de Mil Homens de Valter Hugo Mãe - basicamente, foi para cortar com os policiais. Gostei bastante, embora a história não me tivesse deslumbrado. As frases, ao invés, são poderosas: são óptimas e lindas, maravilhosas e espectaculares. Recomendo. Mas só a pessoas que estão habituadas a ler.
Ele diz que ouço música de nicho.
http://nutrindopordentroeporfora.blogspot.pt/2011/10/receita-de-massa-com-abacate-e-tomate.html?m=1
Ando francamente obcecada por abacate.
Espero que cheguem hoje.
Agora não me recordo se foi antes ou depois de um espectáculo que vi, há poucas semanas, na Culturgest, em que faziam a conjugação improvável de flamenco com contemporâneo.
O que sei é que esta semana, iniciei aulas nesta nova dança, a juntar às outras que já tinha.
Descobri este vídeo. Apeteceu-me chorar mas achei demasiado ridículo fazê-lo.
Mas é lindo. Vale a pena ver.
Como não sei se o video vai aparecer, deixo o link -> https://www.youtube.com/watch?v=8QdBtQByPR4
Aterrei nos trinta e tinha tudo para dizer que, afinal, é mais do mesmo.
Os objectos lá em casa continuam a ser os mesmos: os bonecos há muito que se foram; os livros demonstram alguma maturidade intelectual. O estilo de música já deixou a irreverência dos teen. Mas, a verdade, é que tudo muda. TUDO. E, atenção, atrevo-me a dizer que mente quem diz que tudo fica como dantes.
Ontem, dei por mim a pensar que os meus dias e a minha capacidade de entrega em qualquer novidade, tinha tudo para ser igual a sempre – mas a minha percepção de tempo mudou.
A MINHA PERCEPÇÃO DE TEMPO MUDOU.
Com trinta anos, e descobriste que gostas de dançar arrisco-me a dizer: dificilmente serás uma bailarina;
Com trinta anos, é pouco provável que alteres profissionalmente o rumo da tua vida, passar de gestão para medicina é possível: mas pouco provável.
Com trinta anos, dificilmente terás um corpo de uma ginasta – se não o conseguiste até agora, não irás, certamente, conseguir.
Com trinta anos e no rame-rame (esta expressão existe mesmo?) da vida é tão difícil percepcionar algo de espantoso a acontecer brevemente.
Por outro lado, li algures uma frase que pertence ao meu desktop neste momento: reza a deus, marinheiro, mas rema para a praia.
Não sou muito de frases feitas [acho que com a idade (lá está ela, outra vez) desliguei de lugares comuns] mas esta, sinceramente, gostei.
O que contradiz, em parte, a primeira parte de texto. Basicamente, situo-me numa esquizofrenia baralhada da idade. Já tenho o rabo pesado para grandes mudanças mas continuo a acreditar que as mesmas podem ser possíveis se... remarmos para a praia.
Confuso este post, não é? São os trinta!