Pois bem, as férias terminaram e com este final, iniciou-se uma pequena depressão pós-feiras (calha a todos, não é?)
Bem, mas e livros? Sendo férias apenas de praia fui com um pequeno carregamento de livros, achando eu que os ia despachar a todos. Não despachei. Só li dois. Mas, em minha defesa, eram bem granditos (vá, um mais do que outro).
E posso dizer que adorei ambos, recomendo, recomendo, recomendo!
Ando sempre a correr, a tentar fazer mil e uma coisas ao mesmo tempo - supostamente, com um objectivo. Mas qual? Não fico - nunca fico! - com mais tempo disponível para fazer as minhas coisas.
Sinto que o meu tempo se varre por entre os meus dedos.
Vou de férias. Alegria! Alegria! Uma semanita, coisa pouca. Mas o suficiente para desligar, bem longe daqui, e aproveitar para descansar.
Bem, envolvida por este pensamento que, confesso!, não me sai da cabeça, resolvi fazer uma lista, (curta, curta!) com 3 sugestões de livros a levar na bagagem.
- O Talentoso Mr. Ripley - Patricia Highsmith
Pois bem, em primeiro lugar sugiro um livro de que gosto muito, muito, muito: O talentoso Mr. Ripley, de uma das minhas escritoras preferidas Patricia Highsmith (este livro deu origem a um filme com o meu nome). Li, não sei bem onde, algo que define, na perfeição, este livro: um policial psicológico! É um livro muito bem escrito – como é hábito nesta escritora -, perverso, envolvente, macabro, viciante (já se estão a imaginar, estendidos na toalha, a ler este livro?)
- Inês de Castro - Maria Pilar Queralt del Hierro
Para diversificar um bocadinho, saímos da onda de policiais. E entramos numa onda de amor! E, porque não, embarcar na mais bonita história de amor portuguesa?! Recomendo um livro sobre o amor de Pedro e Inês. Já li nlivros sobre esta história, diversas perspectivas, diferentes escritores. Vou recomendar um de que gostei particularmente. Chama-se Inês de Castro e foi escrito pela escritora Maria Pilar Queralt del Hierro.
- As velas ardem até ao fim - Sándor Márai
Por último, vou (voltar) a recomendar um livro que adorei. Li no verão passado, é bem pequeno e leve, dá para transportar facilmente para todo o lado, para uma esplanada, por exemplo :). É um tributo brutal à amizade e merece ser lido. Chama-se As velas ardem até ao fim, de Sándor Márai. Uma palavra para descrever este livro: poderoso.
E, pronto, aqui têm três sugestões de livros bem diferentes, para carregarem convosco para uns dias de descanso!
Pois bem, conseguimos cumprir com o definido para o nosso fim-de-semana. O tempo ajudou, criou todas as condições para que fosse passado em exposições, no cinema ou, simplesmente, em casa a ler, a ver séries e a dormir.
MAS (há sempre um mas) troquei as voltas ao que tinha decidido quanto a ler – acontece sempre!
Não peguei no livro do Sherlock nem tão pouco no d’ a irmã. Estriei-me na Agatha Christie (estou desculpada?). Ah, pois é. É verdade: tinha esta falha no meu currículo enquanto leitora. Uma falha injustificável.
Aventurei-me no crime do expresso do oriente e despachei-o logo.
Só me aventurei nos policiais há relativamente pouco tempo. Diria que desde o ano passado. É um género que até gosto mas que tem que ser mesmo muito bem estruturado. Não se querem grandes romances, nem grandes obras-primas da literatura quando se lê um policial. Quer-se um livro com ritmo, com precisão, com dependência, sem floreados nem rodeios. Nisso, garanto-vos, pela amostra que tive da Agatha Christie, ela consegue ser perfeita!
Provavelmente não é novidade para ninguém mas para mim foi. Aliás, tenho uma certa tendência para ignorar sugestões que me fazem disto ou daquilo e depois, quando se dá o click, e sigo essas tais sugestões, e adoro, sempre tardiamente, todos dizem: há meses que te andava a sugerir isto, só agora acordaste para a vida??? - Sim, demora até eu aceitar uma sugestão!
Não consigo dizer com precisão quantas vezes isto me acontece, mas consigo garantir que é mesmo muito comum na minha vida: aconteceu com o instagram (ignorava, não queria saber, até que um dia vi a luz), aconteceu com o padel (ah não posso por causa do pulso, até que aconteceu o vício) e agora aconteceu com isto. - mas são tantos os episódios da minha vida onde isto acontece!
Sem mais delongas, a minha mais recente aquisição ao nível dos vícios (ah adoro um bom vício!) é a série Sherlock!
Pois bem é uma série (sendo que cada episódio tem 1h30 - eu sei, mais parece um filme) com o (aparentemente) menino bonito do Benedict Cumberbatch.
Posso-vos dizer (com a ressalva que eu sou de pancadas!) que esta série é um máximo! Óptima realização, óptimo enredo, óptimos actores, etc e tal.
(aviso já, para não terem o mesmo choque inicial que eu tive, que este Sherlock passa-se nos tempos modernos: portanto, entre outras coisas, o Dr.Watson tem um blog etc e tal - ahahah)
E ele olha para mim com aquele olhar de quem já desistiu e eu desato-me a rir. Às gargalhadas. Porque ele não percebe.
Basicamente, ontem estive entretida a escolher livros para as minhas próximas duas viagens – entretanto já marcadas. Empilhava-os, trocava uns pelos outros, volta a guardá-los, recomeçava tudo. Sim, sou bastante desocupada. E não tinha sono. E apetecia-me namorar os meus livros.
Se uma delas é já daqui a duas semanas, para a outra ainda faltam dois meses. Mas isso não interessa nada! Enquanto troco e não troco estou entretida.
Eis a minha escolha:
Entretanto, acho que me vou atirar "à irmã" (salvo seja!) este fim-de-semana por isso, para a semana, recomeça tudo de novo e nova lista e novo monte para as novas viagens!