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(in)sensatez

por Catarina Duarte

(in)sensatez

por Catarina Duarte

Seg | 31.10.16

Halloween.

Catarina Duarte

Desde há uns dias para cá que assisto, a pairar no ar, a folia do Halloween.

Sinto a rápida e frenética absorção, pela nossa sociedade, de tudo o que é novidade - e este sentimento não me envaidece.

Reconheço o Halloween, como qualquer costume importado e adquirido sem pudor, como um embosque impiedoso e destemido à nossa identidade.

Já há uns tempos escrevi aqui um texto, a propósito de um outro tema, onde referi:

“Não gosto do Halloween, não lido bem com importações de tradições embora reconheça que as tradições e as novidades podem coexistir, criando, se espaço houver, o seu próprio equilíbrio. Prefiro ver o Halloween sincero nos Estados Unidos do que a sua adaptação no meu país. Identidade. Gosto que haja identidade.”

Gostava de ter outra opinião sobre este tema: uma mais cor-de-rosa, talvez. Provavelmente, mudará – a opinião - quando tiver filhos e tiver que conviver, anos após ano, com este recente costume.

Até lá, mantenham-me longe de vampiros, bruxas e morcegos: estou bem aconchegada na tradição do Pão por Deus.

 

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Sex | 28.10.16

Dizem os outros.

Catarina Duarte

Sobre João Lobo Antunes, António, seu irmão, escreveu em 2008. Para ler aqui.

 

Gosto especialmente desta parte:

 

"Claro que tens defeitos: alguns divertem-me, outros enternecem-me, nenhum me incomoda, talvez por serem os defeitos das tuas qualidades da mesma maneira que um automóvel possui os travões adequados à potência do motor. Se fosse Deus não mudava grande coisa em ti: talvez trocasse um móvel de posição, alterasse uma jarra, substituísse um quadro. Na casa não mexia: agrada-me que seja como é. "

António Lobo Antunes

Qui | 27.10.16

Qual o nosso grau de compromisso?

Catarina Duarte

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Qual o nosso grau de compromisso com a arte? Temos que ser honestos? Ou basta uma simulação realista de honestidade?

Pergunto apenas: podemos chamar escultura, a qualquer peça esculpida? Podemos chamar literatura, a qualquer livro escrito? De forma crua e directa? Solta do que, de facto, é?

Não, não, não. Preciso de franqueza quando me deparo com arte.

Esculpir não é esculpir peças.

Literatura não é escrever textos.

Ou, mais rigorosa: não se fica pelo esculpir, não se fica pelo escrever - atravessa os verbos que lhe dá definição - a arte.

Transcende-os.

E, no final, o próprio acto de ser: define-os.

 

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Qua | 26.10.16

Se eu fosse o amor...

Catarina Duarte

Na verdade, agora que inicio este texto, concluo apenas que se eu fosse o amor ficava (francamente) chateada.

Perdoem-me a insensibilidade mas, acabo de analisar, o amor é o bem mais vendido no mundo.

Ele surge nas suas mais diversas formas: embrulhado na forma de um livro, mascarado no formato de um álbum, servido como um peluche felpudo, talhado num coração para pendurar ao pescoço.

Há um certo quê de promiscuidade nesta fluente arte de vender o amor (onde sou – atenção - uma compradora, de forma bastante assumida).

As pessoas pelam-se por uma história de amor e pelos símbolos que a concretizam – essa é verdade.

Todos nós precisamos de uma achega a este tema porque a busca de justificações é sempre uma constante e os acertos de contas com o passado, por vezes, também.

Por isso, é tão natural, possuirmos algo que nos fornece a ideia (concreta) do que imaginamos ser o que de mais intangível temos em nós: o amor solto que nos rodeia.

 

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Seg | 24.10.16

Às segundas, normalmente, estou a chás.

Catarina Duarte

Às segundas, normalmente, estou a chás, naquela de tentar acalmar a ribalta do fim-de-semana.

Às segundas, normalmente, estou a chás, para serenar de forma forte o que, basicamente, se quer calmo - a entrada nas horas mastigadas da semana de trabalho.

Às segundas, normalmente, estou a chás e, por aqui, me fico até ao desnorteado do fim-de-semana avançar de novo.

Boa semana :)

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