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(in)sensatez

por Catarina Duarte

(in)sensatez

por Catarina Duarte

Ter | 27.12.16

TOP 3 - 2016

Catarina Duarte

Com o aproximar do final do ano, multiplicam-se as listas. Listas sobre os melhores livros, sobre os piores livros, sobre os filmes que ficaram para a história e também sobre os que todos vão esquecer, listas sobre os acontecimentos que nos marcaram pela positiva e sobre os que nos chocaram para sempre. São listas, são balanços, são, muitas vezes, pontos de situação: sobre o que estamos a fazer bem, mal ou mais ou menos. Faço, todos os anos, o meu TOP 3 do mundo e o meu TOP 3 em Portugal (não menos importante, faço também o meu TOP 3 pessoal) sobre o que marcou, realmente, o mundo (nem sempre pela positiva).

 

O meu TOP 3 no Mundo:

- Trump - Ninguém esperava. Foi a prova provada que a comunicação social não tem o poder que as pessoas julgam ter. O candidato mais gozado e achincalhado da história do mundo ganha as eleições dos EUA.

- Brexit - Um balde de água fria enfiado na cabeça de todos nós.

- Dylan - Nobel da Literatura – um balde de água fria enfiado na minha cabeça.

 

 O meu TOP 3 em Portugal:

- Portugal Campeão Europeu de Futebol.

- Marcelo Rebelo de Sousa eleito Presidente da República.

- Nicolau Breyner morre.

 

Se eu vos pedisse para me dizerem os primeiros três acontecimentos que vos surgem à memória, de 2016, em Portugal e no Mundo, quais diziam?

Ter | 27.12.16

Ressaca Natalícia.

Catarina Duarte

Há sempre ressaca depois do Natal. A ressaca a que me refiro não se mede em litros de vinho bebido, nem na quantidade de rabanadas consumidas.

É uma ressaca que se materializa em saudade - no pior tipo de saudade - aquela que ainda não existe mas que sabemos que vai existir. Uma ressaca que se manifesta no sossego, no sossego desagradável, no típico sossego que nos acerta assim que a última pessoa fecha a porta.

É sempre uma ressaca de barulho mas com restos de tranquilidade.

Uma ressaca de saudade. Uma ressaca de abandono. Uma ressaca de “até para o ano”.

O Natal terminou agora. A última pessoa já saiu. Sentimos alívio por termos sobrevivido a mais um Natal mas sentimos também dor, dor forte, dor robusta, dor quase atlética, pelo facto de o próximo, o próximo Natal, ainda estar longe. Tão longe.

 

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Sex | 23.12.16

Infância.

Catarina Duarte

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A nossa infância é recente. Aquilo que, em pequenos, fizemos, ainda está fresco, ainda está perto e, com muita vontade, quase que lhe conseguimos tocar.
Para os outros, para os mais novos, a nossa história antiga, aquela que aconteceu antes deles existirem, ocorreu numa outra vida, numa televisão a preto e branco, numa altura muito distante.
Sei que assim é. E sei-o, essencialmente, porque a percepção da vida antiga das pessoas mais velhas é também, para mim, um filme mudo, sem cores, quase pálido. Uma imagem desgastada e amarelecida pelo passar dos anos.
A nossa percepção de velhice muda. A nossa percepção de infância também. E muda, especialmente e só, quando alteramos o actor.

 

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Seg | 19.12.16

Carregam-me pelo coração.

Catarina Duarte

Carregam-me pelo coração.

Quem acha que me enquadro na racionalidade, não me entende.

Carregam-me pelo coração.

Penso, é certo, mas por onde me manobram é sempre pelo coração. Para isso, basta apenas que o embrulhem, que o espreitem, que o entreguem.

Carregam-me pelo coração.

Por ele me descobrem. Por ele me matam. Por ele eu morro.

Carregam-me pelo coração. Mas sempre - sempre - para concluir que nada - nada - percebo.

Concluo sempre que sou complexa em descobertas, que sou (também) deserta em soluções.

Quando mais busco, menos encontro. Quanto mais reviro, menos descubro. 

A única certeza que transporto: carregam-me pelo coração.

 

 

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Ter | 13.12.16

1 ano.

Catarina Duarte

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Ontem fez um ano que lancei o meu primeiro (e único - até à data) livro.

Foi um dia muito feliz, dos mais felizes.

Na fotografia: eu a ser mimada, o meu tio e também a Joana Serra de Matos, talentosa ilustradora e querida amiga.

 

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Dom | 11.12.16

Benfica.

Catarina Duarte

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Não vou dizer que só quem é do Benfica sabe como sentir verdadeiramente. Porque, para além de demonstrar muita vaidade, demonstra também pouco realismo e nenhuma verdade. Porém, de uma coisa tenho a certeza: todos os que são do Benfica podem não ser os únicos a sentir verdadeiramente - mas são os únicos a sentir diferente. E, sentir à Benfica, não se regista, não se demonstra e (muito menos) não se explica. Sentir à Benfica é real, é palpável, corpóreo mas, acima de tudo, é diferente. E isso, bom, isso, não sendo tudo, é mesmo muita coisa!

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