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(in)sensatez

por Catarina Duarte

(in)sensatez

por Catarina Duarte

Sex | 28.04.17

Opinião - Restaurante Graça 77 - vegetariano

Catarina Duarte

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Por norma, não escrevo sobre restaurantes ou hotéis, aqui no blog. Provavelmente por não encarar estes assuntos dentro da linha que rege este blog ou, talvez, por considerar que, nestes temas, cada um tem os seus próprios gostos e que a minha opinião, no final, pode não ser assim tão relevante.

Por outro lado, eu gosto de ler opiniões sobre os locais que pretendo frequentar e, imagino eu, não devo ser caso único.

A verdade é que as opiniões de outros consumidores dão-nos sempre material para fundamentar a nossa decisão.

 

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Ontem fui almoçar ao restaurante Graça 77 (e, vou saltar já para o final da história, gostei tanto que voltei ao jantar).

O Graça 77 é um restaurante vegetariano situado na Graça.

 

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Pontos Positivos:

- Comida óptima e bem confecionada;

- Proprietário do restaurante atencioso e simpático;

- Decoração surpreendente e agradável.

 

Ponto a Melhorar:

- Estacionamento difícil (estamos na Graça!);

- Pouca oferta de sumos naturais;

- Atendimento um pouco demorado;

- Sobremesas elaborados com açúcar branco (das que estavam disponíveis, só utilizaram açúcar amarelo em apenas duas – é uma pena);

- Ausência de Multibanco.

 

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Não pensem que, pelo facto dos Pontos a Melhorar serem em maior número, que vão ficar mal servidos. Não, nada disso. Vale muito a pena a visita (e a repetição!).

No final, podem sempre dar uma voltinha na renovada Graça, pasmarem-se com a quantidade de turistas que por ali andam e apreciarem esta vista (única no mundo).

 

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Recomendo bastante.

 

Contactos:

Morada: Largo da Graça, 77, Graça, Lisboa

Telefone: 21 1348839

 

Qua | 26.04.17

Sobre os nomes.

Catarina Duarte

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Os nomes andam ali, no limbo dos tempos: ora surgem, ora resvalam e se deitam, ora renascem com mais vigor do que outrora.

 

É engraçado ver que os Albertos, na nova geração, já não existem. Aliás, arrisco-me a dizer, que os Albertos desapareceram há já bastantes gerações. O mesmo com os Robertos, com os Vítores e com os Albanos. Tenho pena: as novas gerações não sabem o que são os Senhores Artures da papelaria, aqueles que nos davam gomas à socapa nem (muito menos) sabem quem é a professora Maria de Lurdes ou a professora Augusta que nos ensinavam rigorosamente a tabuada: muitas vezes, de forma demasiado rigorosa.

 

Tem a sua piada analisar a forma como os nomes surgem e se apagam: ou por uma questão de moda ou por uma questão social. Não sendo uma profissional na análise dos nomes, vejo nomes naturalmente queques, aqueles que possibilitam entoação nasalada, como Madalena ou Constança, a renascerem em meios mais humildes.

 

Falando de nomes, não me posso também esquecer da moda das Jades e das Yaras (telenovelas?) e dos Matheus, dos Kevins e Enzos (o futebol tem força). Eu, em caso de dúvida, optaria por Maria ou João. Pode ser comum mas, pelo menos, é tradicional. Simplesmente, Maria. Sempre.

 

Os Martins e os Afonsos, por sua vez, hoje em dia, existem aos magotes. Pessoalmente, não acho nomes com muita personalidade, talvez os anos me venham a ensinar que até eles, os nomes, precisam de tempo para ganharem consistência.

 

Vamos ver.

Seg | 24.04.17

Fenómenos.

Catarina Duarte

Chegou finalmente o momento de falar sobre determinados fenómenos que se passam na minha vida.

 

São alguns, não muitos, que me perturbam porque se sucedem sempre da mesma forma. Eu reparo neles e, até para mim, são estranhos. E tristes. E estranhos. E tristes.

 

Ora, aqui estão eles:

 

- Nunca consigo comer apenas um pastel de nata. Normalmente, são dois, há dias em que escalam para três, mas também já aconteceu serem quatro;

 

- Só compro roupa interior em números ímpares: uma cueca, três cuecas, cinco cuecas. Comprar duas cuecas nunca aconteceu. Nem quatro. Nem seis. Muito menos oito;

 

- Nunca toco com as mãos em puxadores de casas de banho públicas. São acrobacias e dúvidas complexas, giras para quem está de fora, cada vez que quero ir a uma casa de banho pública: enrolar o casaco nos dedos e rodar a maçaneta quando o puxador o permite ou puxar muito rapidamente a porta com o dedo mindinho e prendê-la com o pé quando ela se abre e depois, com os cotovelos, afastá-la para conseguir, finalmente, sair? É complexo, eu sei.

 

Há mais, mas vou guardá-los para segundas núpcias.

Sex | 21.04.17

Quatro tipos de fotografias que se repetem nas redes sociais, ano após ano, assim que o calor aperta.

Catarina Duarte

Se são como eu e gostam de analisar padrões de comportamento, vão gostar de saber que decidi reunir os 4 tipos de fotografias que se repetem nas redes sociais, ano após ano, assim que o calor aperta e, para as quais, vamos assumir, já não há paciência:

 

  • Fotografias de pés, com unhas impecavelmente pintadas, na água do mar – Sou bastante sensível a este ponto: não nutro especial simpatia por pés;

 

  • Fotografias de termómetros com temperaturas elevadas – Nunca percebi este conceito de partilhar a temperatura: nós somos humanos, sentimos, as temperaturas sobem, temos calor. É relativamente normal. Se as temperaturas atingissem os 60 graus, ai sim, seria digno de registo, fora isso, bom, é só normal;

 

 

  • Fotografias de Bolas de Berlim – Eu já vi várias Bolas de Berlim na vida e garanto-vos, fora uma ou outra invenção, elas são rigorosamente iguais. Sempre. Não mudam. Partilhem só quando estivermos a falar de uma Bola de Berlim cor-de-rosa com creme azul, ok?;

 

 

  • Fotografias de pessoas suadas nos ginásios – Não gosto assim muito de pessoas suadas e, como tal, preferia não vê-las espalhadas, com carácter aleatório, no meu feed das redes sociais: uma fotografia de uma paisagem, uma fotografia de um gatinho, uma fotografia de um corpo suado, uma fotografia de uma salada de atum, uma fotografia de um rosto vermelho a pingar: não, não e não.

 

E vocês, têm mais para a troca?

Qua | 19.04.17

Vacinas e a negligência... do nosso país.

Catarina Duarte

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Estava um bocado distante da polémica das vacinas porque não tenho filhos, porque desconhecia a gravidade de alguns factos mas, especialmente, porque tanto eu como toda a minha família somos vacinados e sempre me recordo de entregar boletins de vacinas nos estabelecimentos de ensino por onde andei. Sempre achei isto um não-tema: afinal, achava eu, se as vacinas são obrigatórias, qual a questão?

 

Ora, com a polémica a aquecer, com a malta a ficar histérica com o surto de sarampo num país (o nosso) onde, em 2015, a Organização Mundial de Saúde referiu esta doença estar eliminada, tornou-se impossível não me debruçar sobre este tema.

 

Fiquei, então, a conhecer alguns factos assustadores: a vacina do sarampo – tal como todas as outras – não é obrigatória. Repito: não é obrigatória!

 

O pior, para mim, é que vivemos num pais em que estas questões são colocadas nas mãos do bom senso das pessoas: nas mãos dos pais bem informados mas também dos pais fanáticos e fundamentalistas.

 

Apercebi-me que as vacinas são conselhos, são recomendações que nos fazem.

 

Isto é chocante especialmente porque o grau de sucesso das vacinas aumenta quanto maior for o número de pessoas vacinadas numa comunidade.

 

Façam regras, fiscalizem e penalizem quem não as cumpre.

 

Estamos a falar de saúde pública. Não é uma brincadeira.

 

(recomendo a leitura desde texto que explica (e desconstrói) os principais argumentos utilizados para não vacinar as crianças - vale a pena. – a verdade é que alguns destes argumentos até são muito “apelativos” daí que deixar ao critério das pessoas, se calhar, é uma má opção!)

Seg | 17.04.17

Sobre a Alimentação Vegetariana nas cantinas (e sobre outros temas relacionados).

Catarina Duarte

 

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Ao que parece chegou o momento em que, por lei, vai passar a ser obrigatório oferecer uma opção vegetariana, por dia, nas cantinas e refeitórios públicos.

 

Não sendo vegetariana, reconheço a importância deste tipo de alimentação desde que bem planeada, como refere a nossa Direção-Geral da Saúde. Uma alimentação vegetariana não é comer uma sopa ao jantar. Uma alimentação vegetariana não é comer apenas cenouras cruas ou brócolos cozidos.

 

Diria que, neste momento, mais de 50% das minhas refeições são vegetarianas. O que é bom, tendo me conta que, até há uns tempos atrás, um prato sem um bife não seria considerado uma refeição e que, num prato apenas com grão, eu perguntava sempre onde parava o bacalhau.

 

Aprendi a medir as propriedades dos alimentos e comecei a entender como eles podem influenciar o nosso bem-estar. Tem sido uma aprendizagem constante, sempre em busca de novas e fidedignas fontes (não, sites como o brasilbuzz.br (inventado, claro está) não contam como fontes de informação fidedignas).

 

Não sendo uma especialista, estou consciente que há muitas vitaminas que apenas se encontram na proteína animal, nomeadamente a vitamina B 12. É importante, por isso, saber-se o que se está a fazer. É importante estar-se acompanhado de especialistas e reunir o máximo de informação possível.

 

Diria que, a par de uma alimentação vegetariana, é necessário haver também uma maior consciência de onde os produtos surgem (grão seco, de lata ou de frasco?, alfaces biológicas ou dos supermercados "normais"?, o limão utilizado para o nosso carioca é de origem certificada? – já pararam para pensar que a casca de limão fervida (que serve de base para o chá que vocês vão beber depois), caso esteja cheia de químicos, pode ser altamente prejudicial para a vossa saúde?)

 

A lei muda – demora mas muda – e ainda bem. O próximo passo é a tasca do bairro, o restaurante de todos os dias, a pastelaria de sempre também terem cuidado com o que oferecem: apresentarem alternativas aos bolos com açúcares refinados (já que não os querem abolir de todo), não me olharem de lado quando peço azeite em vez de manteiga para por na torrada e quando pergunto qual a opção vegetariana não me falarem em legumes cozidos ao vapor.

 

Custa mas chegamos lá.

Seg | 17.04.17

Viver no meu mundo não são só coisas boas.

Catarina Duarte

Permite apagar-me quando estou em conversas desagradáveis mas depois não me recordo do teor das mesmas.

Ajuda-me também, se querem saber, a pensar e a endireitar os meus objetivos, mas faz-me adormecer da realidade que me contorna.

Levita-me nos textos que quero construir mas não me ajuda a fixar as pessoas com que estou.

Viver no meu mundo e, especialmente, viver para o meu mundo é bom mas relembra-me que há mundo, que não o meu, a girar e que, algumas vezes, várias vezes, me passa ao lado.

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