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(in)sensatez

por Catarina Duarte

(in)sensatez

por Catarina Duarte

Qua | 06.06.18

Isaltino ou como é difícil limpar o passado.

Catarina Duarte

Estava a ler uma notícia que dizia que tinham sido feitas buscas na Câmara Municipal de Oeiras devido a um determinado projecto imobiliário.

 

Na notícia dizia também que “"em ambas as datas, o atual presidente da Câmara não exercia funções no município de Oeiras", diz o executivo liderado por Isaltino Morais.”

 

E eu pensei: realmente, isto da justiça tem muito que se lhe diga. Uma pessoa comete um crime, é julgado, é condenado, cumpre a pena e não sai nunca um homem livre. Tem que haver sempre uma justificação, como a de cima, porque, inevitavelmente, as pessoas vão pensar: “isto tem dedo”.

 

E, atenção, contra mim falo: o argumento de votar em alguém que cometeu crimes como fraude fiscal, corrupção passiva, abuso de poder e branqueamento de capitais apenas porque “fez obra”, não me convence. E, sim, mesmo que tenha cumprido o castigo determinado pela nossa justiça, continua a não me convencer.

 

Sei que está errado mas, por enquanto, não consigo evitar.

 

Qua | 06.06.18

Isto é tão bom que nem parece português.

Catarina Duarte

Há muitos, muitos anos, ouvia-se muito esta frase: “isto é tão bom que nem parece português”. Depois, os anos passaram, a sua frequência diminuiu, diminuiu e diminuiu, até que desapareceu. Hoje já ninguém diz que “isto é tão bom que nem parece português”. Hoje as pessoas dizem “isto é tão bom, vê-se mesmo que é português”.

 

Gosto desta nova postura, resultado do facto de termos, finalmente, provado, lá fora mas, principalmente, cá dentro, que somos, de facto, os melhores do mundo, a começar pelo futebol, a passar na Eurovisão (vamos esquecer o resultado, foquem-se na organização) e nos Web Summits desta vida.

 

O turismo flui e o pastel de natal foi internacionalizado. O bom tempo, de uma forma geral, existe e aquece-nos a nossa vontade de viver e a comida, de norte a sul, é maravilhosa. As cidades estão modernas, arranjadas e luminosas, tal como o nosso discurso. Sim, tal como o nosso discurso.

 

Gosto desta esperança, desta forma positiva de encarar a vida. Claro que sim, é óptima, dá confiança, oferece fé, vê-se mesmo que é portuguesa.

Qua | 06.06.18

Novo álbum dos Arctic Monkeys – o álbum da discórdia.

Catarina Duarte

Os Arctic Monkeys têm um novo álbum, chamado Tranquility Base Hotel & Casino, que tem criado sentimentos mistos na sua comunidade de fãs: há quem adore, há quem tenha ficado francamente desiludido. Percebo.

 

Eu tenho ouvido sem parar. É diferente, muito diferente do que estávamos habituados mas muito bom.

 

Esta é a minha preferida:

 

 

Já ouviram o álbum? Gostaram?