O desamor.
Estou muito apaixonada por esta música. Muito. Muito.
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Estou muito apaixonada por esta música. Muito. Muito.
Há uns tempos, ouvi um conceituado humorista referir que há pessoas que lhe sugam a energia, esvaziando-o de qualquer vontade de viver. Concluí eu, pelo decorrer da conversa a que assisti, que “sugar” era mesmo a palavra que eu procurava para descrever também eu as pessoas que me aspiram a força e o ar como se de um saco de vácuo se tratasse.
Há quem nasça com o objectivo concreto, embora não oficializado, de colocar energia negativa em tudo o que toca. São as típicas pessoas do copo meio vazio. É muito difícil detectarmos quem são porque todas as relações são sempre cheias de fé.
E, quando mete fé, é muito complicado ter o discernimento necessário para limpar o acessório do essencial. Tem sido uma promessa constante, esta de colocar estas pessoas no lugar delas.
Não ouvir, foi a minha primeira estratégia, que agora mudou: comecei a usá-las, a estas pessoas, a ver o lado positivo de existirem neste mundo tão diversificado e a utiliza-las criativamente, transformando essa energia negativa, sugadora de vontade de viver, em cenas anedóticas para contar, para utilizar em textos, para criar personagens, como se de uma espécie de lavandaria de piadas, em que entra tudo sujo e sai tudo pronto a ser usado.
Com o distanciamento necessário – esse, sim, importante de construir – é mesmo possível isto que vos conto: transformar o negativo em algo bom e construtivo.
Tentem.
É bom terminar o fim-de-semana com uma história de amor. É melhor começar a semana com uma história de amor ainda quentinha, aqui, aqui dentro.
Ontem deu a Snu, na TVCine. Foi bom.
Boa semana.
No passado fim-de-semana, estivemos num sítio altamente recomendável, situado a menos de uma hora de Lisboa. Havendo possibilidade, não deixem de experimentar. Não se assustem com o nome, achando que é um local apenas direcionado para surfistas, e que vocês, pessoas que não fazem surf, não vão usufruir deste espaço. Não se assustem porque não é apenas para surfistas. Não é mesmo. Hoje falo-vos no Noah Surf House.
O Noah Surf House, para além da arquitetura giríssima, num estilo meio industrial, tem uma localização bastante privilegiada, de frente para o mar, em Santa Cruz.
Assim que chegamos, após o check-in, orientam-nos pelo hotel, explicando o que temos à nossa disposição. E é mesmo muita coisa. Para começar, dizem-nos que podemos usar ponchos e garrafas de água (que podem ser enchidas com água da torneira ou filtrada) e que devolveremos no final da estadia. Este conceito de produtos reutilizáveis agrada-me bastante e é uma tendência que, felizmente, vejo a ser seguida em muito hotéis.
Explicam-nos também as actividades que temos ao nosso dispor e, sempre num contexto de partilha, nelas estão incluídas uma sala com ping pong e matraquilhos. Na mesma lógica, há também uma cozinha partilhada, caso queiramos usar. Mas não só. Mais à frente falo das outras actividades que fizemos.
O hotel tem horta e galinhas (o Manel adorou, claro) e algumas das coisas servidas no seu restaurante vêm exactamente daí. O pequeno-almoço é bastante agradável e completo, sempre com uma vertente saudável à mistura, o que me agrada.
Os quartos são muito giros e têm acesso por fora, com um terraço, chuveiro e sítio para colocar as pranchas (não deixamos de estar num sítio dedicado ao surf). O nosso, que era tipo camarata, tinha imenso espaço, eramos 6 adultos e o Manel e estivemos sempre à larga.
O giro, neste hotel, é que ele próprio acaba também por ser uma experiência. E é neste ponto que vos vou contar o que encheu o nosso fim-de-semana. Fizemos yoga, treino funcional e stretching, mas o que gostámos mesmo, por ter sido uma experiência diferente, foi o Liquid Balance, que, basicamente, consiste em yoga feito em pranchas de paddle, na piscina. Como referi no meu instagram, se não tiverem como objectivo derrubar as pessoas que estão a fazer a aula convosco, consegue ser uma actividade bastante relaxante.
Temos ainda disponível, no hotel, um skatepark e uma loja com coisas giras, giras, giras.
Para terminar, referir apenas o Jacuzzi onde, mesmo em pleno Janeiro, com imensa sorte com o tempo, estivemos deitados a ver um pôr-do-sol incrível.
Foi um fim-de-semana maravilhoso. E sempre com o mar a nossos pés. Exactamente como gostamos.
Antecipem os vossos problemas, planeiem o vosso futuro, construam, vivam e deixem viver.
Conseguimos prever bastante. Planeando conseguimos até antever e controlar o nosso médio prazo para vivermos sem grandes incertezas. Permite-nos estar preparados, com as condições reunidas para assegurar quase tudo o que queremos. Ou, então, para saber com relativa distância que não vamos conseguir o que pretendemos. Criar planos B, mudar a rota ou rumo, caso seja essa a vontade, também é possível, se o planeamento for feito.
Mas, lamento informar-vos, o que realmente importa, dificilmente conseguimos prever: como envelhecemos, quando envelhecemos e com quem envelhecemos, são algumas das coisas que não estão nas nossas mãos.
Antecipem, planeiem, construam, mas, acima de tudo, vivam. Vivam muito, recheiem a vossa carteira de memórias e a vossa conta de recordações. Não conseguimos prever como, quando e com quem envelhecemos mas conseguimos controlar se, independentemente do como, do quando e do com quem, fizemos valer a pena. É esse o nosso desafio.