Seg | 04.09.17
Alma de Escritora.
Catarina Duarte
Uma vez, há muitos anos, referiram-me que eu tinha alma de escritora.
Na altura, não percebi (aliás, sendo franca, ainda hoje tenho certas dúvidas que perceba) o significado disto de ter alma de escritora.
Porém, hoje, enquanto relaxava (aquele verbo cuja quietude tenho dificuldade em alcançar), vislumbrei em mim, na sombra que se projetava no chão, um imagem ténue do que poderia ser isto de ter alma de escritora.
Ali, recortada na sombra que me desenhava, nas margens do rio que jorrava, vi, vi mesmo, ainda que não me considere uma, a sombra da escritora que sou.
Texto escrito no início das minhas férias, no Minho, início de Agosto 2017.