Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

(in)sensatez

por Catarina Duarte

(in)sensatez

por Catarina Duarte

Sex | 06.07.18

Queda para o negócio.

Catarina Duarte

table-71380_1280.jpg

 

Julgo que os portugueses, de uma forma geral, até têm alguma queda para o negócio pois somos perspicazes e trabalhadores - duas características fundamentais para alcançar o sucesso.

 

Claro que não dispensamos aquela nossa tão singular característica chamada chica espertice. Mas, contas feitas, até somos bons no campeonato da negociata. Disso não há muitas dúvidas.

 

Porém, ocasionalmente, apanho com cada uma, que até parecem duas. E só penso: isto é mesmo não querer fazer dinheiro. Tenho algumas na manga para contar mas vou-me focar na que aconteceu ontem.

 

Perto do meu escritório há um novo restaurante que, por acaso, é uma churrasqueira e que, por acaso, está relativamente próximo de um outro restaurante que, por acaso, também é uma churrasqueira. Isto é que é ter visão, não é?

 

Bom, a churrasqueira mais antiga, aqui há uns dias, estava com fila e eu e o meu irmão resolvemos testar a churrasqueira nova.

 

Essa nova churrasqueira estava vazia. Imediatamente após o balcão, tem uma mesa, de pé alto, onde se sentam, à vontade, quatro ou cinco pessoas. Entrámos e dissemos que éramos duas pessoas. Refiro novamente que a churrasqueira nova estava vazia.

 

A pessoa que estava atrás do balcão disse que, infelizmente, só trabalham em regime de take away. Eu respondi: "não nos podemos sentar ali naquela mesa para almoçar num instantinho?". A resposta que obtive foi que não, que só trabalhavam em regime de take away.

 

Ora, como muito bem sabem, eu sou uma pessoa bastante curiosa e perguntei, então, com o meu melhor e mais interessado sorriso, qual era a razão, se só trabalham em regime de take away, de terem uma mesa no estabelecimento.

 

A resposta foi curta mas bastante explicativa do tipo de gestão que há naquele espaço: “é só para se o cliente quiser tomar uma bebida, abrir uns vinhos, estar ali a relaxar.”

 

Ora, como nós não queríamos apenas uma bebida, nem abrir uns vinhos, nem estar ali a relaxar, agradecemos muito e fomos procurar um restaurante que quisesse fazer negócio.

 

2 comentários

Comentar post