Dia Mundial da Fotografia.
Não sendo profissional de fotografia, há já muitos anos que me interesso pelo tema.
Sempre me interessei pelas máquinas dos meus pais, pelos rolos que a minha mãe comprava e gastava, uns atrás dos outros, nas nossas férias. Sempre a acompanhei na revelação das fotografias, na execução dos álbuns e na escolha das melhores para oferecer ou, simplesmente, para enfeitar a casa.
Hoje em dia tornou-se, de certa forma, fácil captar bons momentos. É tudo muito mais imediato: os telemóveis ajudam, as aplicações facilitam, os programas apoiam. São rápidos os momentos entre o dispara-filtra-centra-partilha. Partilhamos imagens. Partilhamos instantes. Partilhamos beleza. E eu gosto desta partilha.
Mas gosto especialmente que a fotografia esteja acessível a todos e, muito importante!, a todos os níveis de interesse e estudo. Havendo e valorizando a vertente profissional, gosto de saber que, mesmo quem não tem formação na área, tem a possibilidade de distribuir momentos. Bons momentos mas, acima de tudo, bonitos momentos.
Na verdade, todos nós temos uma perspectiva que queremos partilhar, uma abordagem própria e singular sobre determinado tema, uma composição muito nossa, uma estrutura desenhada e esculpida de forma ímpar. Gosto disso e gosto principalmente de também conhecer o mundo pelos pés dos outros, pelos olhares dos outros, pelas objectivas dos outros e não, necessariamente, apenas e só através de olhares profissionais. Não apenas e só. Mas também.
Esta fotografia foi tirada hoje, em São Pedro do Sul, num dia cinzento e chuvoso, num dia com nevoeiro, num dia em que, o trajecto escuro e pesado dos fogos que devastaram a zona, estava presente no cheiro. E na imagem.
Boa noite.
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