Escrever – o bem que isto me faz.
O momento em que sinto o meu cérebro atabalhoado com tantas histórias para contar, em que, separadas, pouco ou nenhum sentido fazem, mas que, unidas, reagem com força e brusquidão. O momento em que sinto estas histórias unirem-se, numa reacção quase química, originando um valente texto que, creio sempre, se pode definir, no mínimo, como razoável. O momento em que as palavras saltam em catadupa cérebro fora, em que se galgam umas às outras, querendo, todas juntas, serem as primeiras a descer até ao teclado deste computador. Todos estes momentos surgem despregados uns dos outros mas tendem a juntarem-se naquela ínfima fracção de segundo onde tudo começa a fazer algum sentido. São momentos felizes. São momentos muito felizes mesmo. Quando consigo consumar uma ideia inicialmente sem nexo, quando consigo inteirar o texto com palavras que se encontravam doidas e dispersas, quando consigo escrever algo que me dá sentido e que dá sentido a quem me lê. São apenas letras cuspidas por estes dedos que mexem e criam aquela mancha que conhecemos como palavras.
O momento em que a escrita flui.
Escrever – o bem que isto me faz.
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