Fazer as pazes.
Depois de escrever o texto sobre como encaro o processo de felicidade, lembrei-me que um bom ponto de partida para haver algum debate sobre o tema, seria contar como tento reajustar-me, diariamente, a mim própria.
Não percebendo nada de psicologia, sendo esta apenas a percepção de quem gosta de (se) analisar, digo-vos com sinceridade que não ignoro atitudes que me incomodam pois não tenho (e, se calhar, infelizmente) personalidade para isso.
Como consigo, então, seguir o meu caminho de felicidade?
Tento – assumindo a minha personalidade como sendo a única que tenho e, vamos dar-lhe alguns créditos, que muitas boas coisas me traz –, tento sempre, fazer as pazes comigo e com as situações que me incomodam.
Nem sempre é fácil pois é um processo que pode demorar dias, meses e já até chegou a demorar anos mas, olhar as questões de fora, com algum desprendimento, permite dar a clareza necessária para as avaliar sem barulho e, até, aceitá-las como situações inevitáveis.
Por vezes, não entendemos atitudes porque acreditamos numa realidade que não corresponde à verdade. Amarramo-nos à nossa ideia de que determinada relação é isto, quando na verdade, nunca passou daquilo.
Quando avaliamos corretamente, sempre à distância do acontecimento, e aceitamos o que não existe quando sempre achámos que sim, fazemos as pazes com os temas, fechamos gavetas e conseguimos, com menos peso, avançar.