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(in)sensatez

por Catarina Duarte

(in)sensatez

por Catarina Duarte

Qua | 06.06.18

Isaltino ou como é difícil limpar o passado.

Catarina Duarte

Estava a ler uma notícia que dizia que tinham sido feitas buscas na Câmara Municipal de Oeiras devido a um determinado projecto imobiliário.

 

Na notícia dizia também que “"em ambas as datas, o atual presidente da Câmara não exercia funções no município de Oeiras", diz o executivo liderado por Isaltino Morais.”

 

E eu pensei: realmente, isto da justiça tem muito que se lhe diga. Uma pessoa comete um crime, é julgado, é condenado, cumpre a pena e não sai nunca um homem livre. Tem que haver sempre uma justificação, como a de cima, porque, inevitavelmente, as pessoas vão pensar: “isto tem dedo”.

 

E, atenção, contra mim falo: o argumento de votar em alguém que cometeu crimes como fraude fiscal, corrupção passiva, abuso de poder e branqueamento de capitais apenas porque “fez obra”, não me convence. E, sim, mesmo que tenha cumprido o castigo determinado pela nossa justiça, continua a não me convencer.

 

Sei que está errado mas, por enquanto, não consigo evitar.