Just write.
Na altura em que publiquei o livro, algumas pessoas, a maior parte pessoas que conheço apenas de relance, referiram, sempre com carinho, estima e, alguma, admiração, a seguinte frase:
- Também adorava publicar um livro!
Via-lhes algum brilho no olhar. Via-lhes alguma vontade. Via-lhes alguma intenção.
É engraçada, esta frase. Embarca nela todo o propósito da concretização mas pouca chama real.
Parece uma frase largada em suspenso.
Quando questionava o que já tinham escrito, algum local onde eu pudesse ver o que costumavam escrever, rematavam com um:
- Não tenho nada escrito. Não tenho por hábito escrever.
Acredito que não deixa de ser engraçada a ideia da publicação de um livro, ver o nosso nome estampado numa capa bonita escolhida com detalhe e amor mas, para estarmos, no mínimo, próximos da concretização do nosso ”sonho”, pelo menos (pelo menos!), convém começar pelo início.
Dava jeito mostrar algo mais do que uma intenção vaga - do que uma vontade abstracta. Do género: apresentar determinação e querer.
Fazer algo concreto. E tentar, tudo por tudo, a sua realização.
Facebook https://www.facebook.com/catarinaduartewords