Liberdade que destrói liberdade.
Imagem retirada do Pixabay
Infelizmente, sou uma pessoa muito pouco tolerante à falta de noção das outras pessoas. Juro-vos que tenho genuína pena que assim o seja porque acho que podia ser um bocadinho mais feliz.
As liberdades que afetam uns e que afetam outros, são mais do que muitas. E, hoje em dia, nem é preciso esforçarmos muito a nossa sensível vista para as detetarmos. Estão mesmo à mão de semear.
Não me passa pela cabeça levar música para a praia, mesmo que seja Fado ou uma qualquer sinfonia de Beethoven. Por mais que adore fado ou música clássica não faz – mesmo - sentido obrigar as restantes pessoas, que comigo partilham o areal, a ouvirem o que eu quero ouvir quando, sei lá, essas mesmas pessoas podem estar a dormir, a ler um livro, a descansar.
Não vou dar na cabeça aos miúdos (a miúdos, miúdos; não me estou a referir a miúdos-adolescentes-com-a-mania-que-têm-piada) que entram na água destrambelhados e molham toda a gente, enquanto fazem o festival dos salpicos, mas, se calhar, vou abrir os olhos a pessoas que fazem o seu show, que de privado tem muito pouco, no areal.
Na verdade, não comprei bilhete e, normalmente, nem gosto da música que por ali se dança, portanto, aqui faço um apelo, pensem nos outros. Não custa muito e se querem ouvir música, sem problema, levem uns auscultadores.
Está tudo bem quando a nossa liberdade não destrói a liberdade dos outros. E o descanso. E a vida.
Um bocadinho mais de civismo em espaço partilhados e, seguramente, éramos todos mais felizes.