Manchester by the Sea.
Ontem, dia de Óscares, estava um bocado irritada por não ter, ainda, visto nenhum filme nomeado.
Assim, decidi abraçar o Manchester by the Sea, completamente às escuras.
E que filme maravilhoso!
Este filme tem tudo aquilo que eu gosto num livro, num filme, num espetáculo.
É simples, é natural, é real. É sobre a vida. Com tudo o que isto significa.
Faz-nos entrar, com facilidade e realismo, em todos os seus segundos, imaginar que poderíamos ser nós a pisar aquele chão, a ter que lidar com aquelas situações.
E se? E se, de facto, a história, aquela história de vida, nos acontecesse a nós?
Li algures que era um filme cru.
Acho que esta palavra encaixa, na perfeição, no que este filme pretende ser. Sem falsas intenções, direto e brutalmente real, de uma frontalidade que até magoa.
Gostei tanto!
Sublinho a interpretação brutal do Casey Affleck – merece, sem qualquer dúvida, o Óscar de melhor actor (que acabou por ganhar).