Numa época já não tão silly: incêndios.
Fotografia de Daniel Camacho, tirada ontem, em Braga.
Depois da história que se repete, ano após ano, dos incêndios onde, normalmente, sobram as pessoas, quando as árvores, queimadas e sós, morrem de pé, estamos a ter um Outubro a arder, devido a factores que, embora relevantes, pouco acrescentam.
Há muito que a silly season passou, não venham, por isso, argumentar (como já ouvi argumentar) que, à falta de assunto, se inundam os jornais com notícias de incêndios. Como se “incêndios” fosse um tema menor. Isto é grave! Muito grave!
No meio de uma história que se repete, sempre quente, sempre com consequências, agora com consequências humanas, continuo à espera (sentada, imagino) das consequências políticas, aquelas que me prometeram “se for caso disso”, como julgo ser o caso.
Resta-nos respirar o ar pouco limpo deste mês de Outubro e aguardar o encerramento deste capítulo porque, em breve, surgirá a saga das cheias. E depois, novamente, a dos incêndios. E depois a das cheias. E depois, novamente, a dos incêndios.