Nunca conheci ninguém com tantos livros espalhados pelo carro..., dizia ele.
Eu consciencializo-me do que não sei quando faço medições à vida e verifico que até sei umas coisas. Se fizer contas, perco-me na quantidade de livros que ainda tenho para ler; filmes, cidades, museus e concertos para assistir e viver. Enfim, muitas coisas para fazer e o tempo que insiste em escassear-nos por entre os dedos.
Vivo nesta ânsia: hierarquizo aquilo que quero já absorver não vá a vida tecê-las. Esta minha visão pode parecer dramática: aceito, sem medos nem receios, essa opinião de quem me lê pois o que tenho de apaixonada e optimista, tenho também de consciente. E a sério que há demasiado mundo para descobrir e pouco tempo para o fazer. Ciente disso, perco pouco tempo com televisão, essa sugadora de minutos, uns atrás dos outros, e, quando damos por isso, já se passou uma noite em que não aprendemos nada de novo. Abraço livros e tendo direccionar-me a eles quando o ócio tende a vencer-me. Dizia um amigo: nunca conheci ninguém com tantos livros espalhados pelo carro. A verdade é que se nos rodearmos de saber, torna-se sempre mais fácil a ele acedermos.