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(in)sensatez

por Catarina Duarte

(in)sensatez

por Catarina Duarte

Qua | 24.01.18

Opinião: Como é Linda a Puta da Vida, de Miguel Esteves Cardoso

Catarina Duarte

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Não sei se é a sua educação com influência inglesa, se o facto de o seu pensamento rodar de uma maneira diferente da minha, mas sinto sempre que saio a ganhar quando ouço falar (ou leio) o Miguel Esteves Cardoso. Prova disso é o programa que passa, às terças-feiras, na RTP1. Era mesmo o programa que faltava. Conversa e conversa. Boa conversa. Conversa interessante. Sou viciada. Ele e o Bruno Nogueira fazem o “casal” perfeito.

 

Desde nova que leio Miguel Esteves Cardoso: o “Cemitério de Raparigas” e o “Amor é Fodido” foram o primeiro contacto que tive com o escritor. Não me lembro de nada. Mas lembro-me que me marcaram. Quero muito voltar a lê-los, agora com mais quinze anos em cima, para validar se me marcam da mesma forma.

 

Embalada na onda do (único) programa que consumo de forma quase obsessiva, fui ler o “Como é Linda a Puta da Vida”, um livro de crónicas.

 

E que bom que é! E, por serem crónicas, dá perfeitamente para conciliar com outras leituras.

 

A forma como os temas são abordados mostra que houve dedicação na pesquisa (e eu gosto disso), prova que foram passadas horas a ver diferentes perspectivas sobre o mesmo tema, transmite uma mensagem positiva sobre o que nos rodeia e envia-nos, em doses generosas, amor pela vida. Juro. As frases são cheias sem serem complexas, dão-nos informação sem nos massacrarem. Este livro é repleto de análises, sobre educação, humor, amor, amizade, e mais amor.

 

Nem sempre concordei com o que lá está escrito, o que é natural dado que não somos a mesma pessoa, mas é sempre refrescante beber a informação que sai de alguém que tem tanto para dar.

 

Leiam. Com tempo. Com calma. Mas leiam.

 

Já leram algum livro de Miguel Esteves Cardoso? Gostaram?

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