Por vezes, tenho saudades da minha casa.
Sempre fui assim, meia saltimbancos, habituada poucas vezes a estar em casa: fins-de-semana, então, quase nunca.
Só quando os dias começam a escurecer, quando o chá quente e a manta nas pernas começam a saber bem, é que me permito ficar mais tempo nas minhas quatro paredes preferidas.
Parece estranho, não é? Mas, por vezes, sinto saudades da casa que habito todos os dias. Durante a semana, é impossível matar saudades, no lufa-lufa dos nossos dias, é uma sorte se encontrar o nosso quarto, quanto mais aproveitar a nossa casa.
Vou ver se reservo ai um fim-de-semana para ficar no meu espaço, a fazer Nestum e a deambular aleatoriamente pelas assoalhadas. Para depois, voltar em força “ao verbo ir”, o meu verbo preferido, como diz a minha mãe.