Quando o uso da tecnologia se torna mais importante do que o nosso bem-estar.
No outro dia, num restaurante onde, por vezes, vou almoçar, tiraram o meu prato da cozinha e, em vez de o levarem para junto de mim, encaminharam-no para uma mesa perto da janela (para apanhar a melhor luz), sacaram do telemóvel e passaram uns valentes minutos a fotografa-lo (enquanto falavam por cima dele), com o objectivo final de colocarem a sua imagem nas redes sociais. Sim, era o primeiro prato do dia porque eu, geralmente, almoço cedo.
Eu sei que sou uma pessoa repleta de manias estranhas, tais como, gostar de comer a minha refeição quente e, de preferência, sem perdigotos a fazerem de topping, mas será que podiam, por favor, colocar um travão quando o uso tecnologia – neste caso, a publicidade diária que este restaurante faz aos seus pratos nas redes sociais - se torna mais importante do que o bem-estar do cliente que, bom, no final ainda paga?
Este tema é recorrente aqui no blog, eu sei, porque estou, francamente, atenta a todas situações que me fazem questionar a nossa relação com a tecnologia.
Obviamente, - não sou uma pessoa idosa, ok? - que reconheço as melhorias que a tecnologia trouxe à nossa vida: alguém ainda se lembra de ligar, para o telefone fixo, para falar com aquele amigo, e quem atendia o telefone ser sempre a mãe dele? (nada contra as mães dos amigos, atenção!, mas, justiça seja feita, com a evolução tecnológica encurtamos caminho e agora podemos falar diretamente com quem queremos).
Mas, convém mesmo as pessoas terem mais tino, dá algum jeito as pessoas começarem a pensar, com carinho, no bem-estar de quem já usufrui do restaurante, neste exemplo concreto que dou, caso pretendam que a clientela se mantenha fidelizada.
É só uma ideia.