Quotidiano: não sentia a mínima saudade tua.
Desde que cheguei de férias que ainda não me deste descanso, ó quotidiano. Tem sido recorrente: desde domingo (o pior dia do ano: aquele que regressamos de férias) que me sinto, constantemente, a apanhar chapadas atrás de chapadas: daquelas: “faz-te à vida que as férias já acabaram!”
Vamos lá então começar: depois de não sei quantos voos, cheguei à Portela, ao único aeroporto onde esperei uma eternidade dentro do avião para sair (coisa que acontece com muita frequência em Lisboa!), tive que ir de autocarro até ao terminal (é só a mim que me acontece SEMPRE isto?) e tive que estar na fila para sair do aeroporto (sim, fila gigante para sair do aeroporto) porque TODA a gente resolveu desembarcar nesta bela capital à beira-mar plantada no mesmo dia que eu.
Depois, seguiu-se a maravilhosa manifestação dos taxistas (not!) que deixou a cidade num Texas sem discrição, com reações e consequências que… enfim, sem comentários.
Seguiu-se a constatação de trânsito atrás de trânsito (as criancinhas já começaram as aulas??), com buzinadelas sem precedentes às 8:00 da manhã (um dia ainda alguém me vai conseguir explicar: quem é que buzina às oito da manhã?).
No final de um dia de trabalho, cansada, exausta porque o pessoal ainda não entrou propriamente no ritmo, meto-me no carro e demoro uma hora (UMA HORA!!!) para chegar a casa (sim, eu sei que muita gente demora mais do que uma hora!) mas refiro-me a um percurso que, normalmente, faço em 20 minutos, portanto estamos a falar do TRIPLO do tempo! E porquê? Porque resolveram fazer obras no Areeiro. E porquê? Não sei! Sim, em vez de terem aproveitado as férias de toda a gente para obras, resolveram fazer quando o trânsito se começou a intensificar: muito bem pensado, sem dúvida.
Acho que preciso urgentemente de férias.