Regresso a casa.
Há qualquer coisa de suave e doce nisto de regressar de férias. Se queria ficar? Queria. Mas encaixo o recomeço com a mesma força com que agarro mais um dia de praia. No caminho de regresso, tiro os óculos, aqueles que existem com o propósito de acalmar o sol ainda forte que se faz sentir às oito da noite, para cruzar, com os meus olhos já cansados de sal e luz, o amarelo dos campos alentejanos. Relembro sempre: não há campos como os alentejanos; não há luz como a do regresso a casa.
(texto escrito no passado domingo, no meu regresso a casa)