Raras são as vezes em que interessa saber de quem é a culpa.
Provavelmente, também já por aqui passaram leitores que, em tempos, eram assíduos e que, depois, se fartaram do que aqui escrevo. Como diz o anúncio: é normal mudar de ideias.
Comigo também acontece e, por isso, não guardo rancores!
Leio uma determinada pessoa, um colunista, uma blogger ou um escritor, por gostar da forma como expõe as suas opiniões, por apreciar a forma como escreve sobre o mundo ou, ainda, a forma como rabisca os seus devaneios.
No geral, o que me leva a ler alguém é sentir que saio sempre a ganhar. Enquanto sentir que o meu tempo está a ser bem empregue: está ganho!
E depois, bom, depois há um dia em que me apercebo que o rumo que está a tomar colide com o meu. E não é colidir no sentido de convergir. Não! Refiro-me aqui a uma orientação que nada tem a ver com a minha. Sinto o enfado cada vez que o leio, como se a relação revelasse o desgaste dos anos (às vezes, não passam de meses) de relacionamento.
Não interessa de quem é a culpa: se do colunista, da blogger ou do escritor. Talvez tenham sido eles que mudaram mas também não excluo a hipótese de que tenha sido eu. Não interessa – mesmo - apurar as responsabilidades do afastamento.
No mundo real, raras são as vezes em que interessa saber de quem é a culpa.