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(in)sensatez

por Catarina Duarte

(in)sensatez

por Catarina Duarte

Seg | 12.11.18

Sexo e a Cidade 2 – um filme cheio de Girl Power.

Catarina Duarte

Este fim-de-semana revi o filme Sexo e a Cidade, aquele que se passa em Abu Dhabi. Pode parecer um acontecimento irrelevante, afinal não falamos propriamente da obra-prima do cinema, mas não é: tive mesmo a perceção que os olhos que, desta vez, o viram, pouco têm a ver com aqueles que o viram há 8 anos, na sua estreia.

 

Eu sei que mudei, claro que sim, mas será que mudei assim tanto, ao ponto da minha análise ao filme ter sido totalmente diferente? Não, não me parece.

 

Então, o que é que mudou? Mudou o Mundo e mudou toda a nossa perceção do feminismo e do Girl Power: hoje o filme faz muito mais sentido do que há 8 anos atrás - o que me leva a concluir, inevitavelmente, que, na época, era um filme quase progressista, apesar de toda a sua ligeireza e futilidade.

 

O Mundo mudou imenso e conseguimos facilmente identificar as cenas cheias de Girl Power que estão reflectidas ao longo do filme. Cenas que, na altura, me passaram completamente ao lado.

 

Resumi algumas:

 

miley-cyrus-sex-city-2-scenes-15.jpg

 

‑ A cena em que a Samantha aparece na Red Carpet com o mesmo vestido do que a Miley Cyrus que é muito mais nova do que ela. Perante o constrangimento da diferença de idades, Miley Cyrus agarra-se à Samantha, tirando fotografias, abraçando o lema, sem qualquer receio ou pudor, que as miúdas de jeito suportam-se umas às outras;

 

 

- A mítica cena do karaoke, com o tema “I am woman”, em que diferentes raparigas do público, perante a actuação das 4 amigas, se vão levantando, sentido verdadeiramente o que a música pretende transmitir:

 

Oh yes, I am wise
But it's wisdom born of pain
Yes, I've paid the price
But look how much I gained
If I have to, I can do anything
I am strong
(Strong)

I am invincible
(Invincible)
I am woman

 

- A cena em que a Miranda reconhece que, no anterior emprego, os problemas que tinha com o chefe eram apenas relacionados com o facto dele não querer que ela tivesse uma voz, apenas por ser mulher. Ao mudar de emprego, percebe que até é uma pessoa divertida no seu novo local de trabalho;

 

- A cena (quase final) quando as mulheres de Abu Dhabi salvam as 4 amigas e, no meio de uma loja de flores, após uma cena que mete a Samantha e preservativos a voarem em pleno souk, percebem que têm todas muito mais em comum do que julgavam ter. Pertencem a mundos opostos (New York e Abu Dhabi), com vivências, problemas e questões diferentes, mas, na essência, lêem o mesmo livro, têm o mesmo gosto pela moda, e passam pelos mesmos problemas (como a menopausa).

 

E vocês? Viram o filme? Aperceberam-se destas mensagens? Não consideram que estamos hoje mais despertos para o tema?

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