Somos seres básicos.
As nossas necessidades básicas continuam a ser aquilo que – verdadeiramente - nos move.
Na verdade, eu acredito que sim, anda tudo, mais ou menos, atrás do mesmo.
Claro que há alturas em que lá nos distraímos (acontece a todos): olhamos para a esquerda, vemos uma borboleta (que gira!), entretemo-nos com ela durante um pedaço, afinal a nossa prioridade é mesmo o nosso sucesso profissional, aquele carro reluzente topo de gama ou aquele pedaço em Erasmus que vale tudo, e vamos pondo, caminho por caminho, umas coisas à frente das outras.
Assim, motivações que, diga-se de passagem, de prioritárias nada têm, vão ganhando terreno, enquanto ondulamos pela maré dos nossos dias.
Achamos que as nossas prioridades são todas diferentes. As minhas, as tuas e as tuas. Mas não: andamos todos atrás do mesmo.
Em última análise, por muitas voltas que se dê, por muitos caminhos secundários que se apanhe, por muito camuflado que esteja o nosso destino, por muitos distraído que esteja o nosso cérebro, em última análise, as nossas necessidades básicas continuam a ser aquilo que - verdadeiramente - nos move.
E ainda bem. Adoro que sejamos seres básicos (mesmo que seja, para nós, fácil a distração).
Torna tudo mais fácil.