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(in)sensatez

por Catarina Duarte

(in)sensatez

por Catarina Duarte

28.04.20

Tudo adiado.

Catarina Duarte
Ia escrever “tudo cancelado”. Depois apaguei. O que se deve escrever mesmo é “tudo adiado”. As compras de casas, os primeiros empregos, os casamentos, os batizados e os aniversários. Foi tudo adiado. Por um fio, daqueles finos, daqueles de nylon, estamos pendurados na indefinição do tempo. Estamos, será?, a pairar, estamos suspensos nas horas que atravessam o dia, quase sem respirar, à espera que tudo passe, na esperança que não sejam cravados, nem em nós, nem nos (...)
16.04.20

Estamos todos com saudades.

Catarina Duarte
Mesmo as futilidades conseguem ser acontecimentos profundos quando delas estamos privados. Quando se lamentam, as pessoas que estão fechadas em casa, é apenas e só por terem saudades daquilo que preenchia os seus dias. E já não falo – claro que vou falar – das reuniões ou do trânsito ou de qualquer outro ritual aborrecido e que, agora, à distância dos dias que nos separam, nos parecem momentos hilariantes, autênticas férias nas Maldivas. Falta-nos, a correr no sangue, a (...)
02.09.17

O caminho, o instinto e as limitações (ou muitos pensamentos misturados).

Catarina Duarte
Não foi uma conclusão nada óbvia para mim e, para ser sincera, acabou mais por ser uma conclusão reactiva do que outra coisa qualquer. Na verdade, surgiu da necessidade, quase animalesca, de defender o que, de facto, queria.   Ninguém, melhor do que nós, sabe os objetivos que temos e qual o caminho que consideramos como certo para os atingirmos.   As pessoas à nossa volta até podem imaginar, até podem tentar adivinhar aqui e acolá, atirando, com a franqueza que permitimos (...)