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(in)sensatez

por Catarina Duarte

(in)sensatez

por Catarina Duarte

17.07.18

VGM

Catarina Duarte
no que escrevi me traduzi e traduzi outros também e traduzindo me escrevi e a escrever-me fui eu quem das várias coisas que senti fez sofrimento de ninguém. depois risquei, depois reli e publiquei: assim porém havia sempre mais alguém para o chamar então a si, também vivendo o que menti mas como seu, mas como sem ter sido meu o que escrevi fosse por mal, fosse por bem. é sua a vez. e que mal tem? no que escrevi sobrevivi.   (Moura, Vasco Graça, Testamento, Lisboa: ASA, 2001)   Tirei daqui. (...)
21.03.14

Adeus - Eugénio de Andrade

Catarina Duarte
No Dia Mundial da Poesia, deixo a minha preferida:   "Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,  e o que nos ficou não chega  para afastar o frio de quatro paredes.  Gastámos tudo menos o silêncio.  Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,  gastámos as mão à força de as apertarmos,  gastámos o relógio e as pedras das esquinas  em esperas inúteis. Meto as mãos nas algibeiras  e não encontro nada.  Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!  Era como (...)